O governo de Santa Catarina confirmou neste sábado (14) o primeiro caso de transmissão local do novo coronavírus, em Rancho Queimado, na Grande Florianópolis. No estado, cinco pacientes foram diagnosticados com Covid-19, 85 casos suspeitos estão sendo monitorados e 39 foram descartados. Em entrevista coletiva, a administração estadual anunciou ainda que vai suspender eventos públicos do Poder Executivo, assim como as visitas íntimas a detentos. As aulas nas escolas públicas estão mantidas.
Os dois novos casos confirmados da doença são de Rancho Queimado. Um dos pacientes viajou ao exterior, enquanto o outro foi contaminado localmente. Ainda não foram divulgadas mais informações a respeito de ambos.
Outros casos confirmados são de Florianópolis, com duas pessoas infectadas, e de Joinville, com um paciente. Nenhuma das cinco pessoas com a doença está internada e o tratamento é feito com medicações usadas contra a H1N1 e demais síndromes gripais e respiratórias, disse o secretário de estado da Saúde, Helton Zeferino, na coletiva.
O estado pede que pessoas mais suscetíveis à doença, como idosos, evitem locais com reunião de público, assim como as que tiverem sintomas como febre, tosse e dor de garganta. E quem voltar a Santa Catarina após ter estado em local onde há circulação do vírus deve se isolar em casa por sete dias.
O secretário não recomendou que as pessoas que estão com sintomas compatíveis com a Covid-19, procurem, inicialmente, um hospital. “Procurem utilizar o telefone do Ministério da Saúde, 136. Se não conseguirem acesso, a primeira porta de entrada são os postos de saúde”, disse Zeferino. A airia dos casos será tratada em residência.
Em entrevista coletiva neste sábado do Grupo Estadual de Ações Coordenadas (GRA), o governador Carlos Moisés (PSL) anunciou que vai haver imunização dos servidores do estado em contato com o público contra a gripe e demais doenças, e que eventos e viagens interestaduais e internacionais por parte dos funcionários públicos serão suspensos.
“Não há nenhum fechamento de divisas entre estados e até mesmo de limites entre municípios, mas a gente tem condições de, em poucas horas, fechar o estado. É uma orientação que fica sob escopo não só do Ministério da Saúde, mas da Secretaria de Saúde, não é decisão tomadas. Mas, se houver necessidade, a gente tem contingente, condição, estratégia formatada, através, inclusive da Polícia Militar”, declarou.
Sobre as escolas, Moisés disse que não há necessidade de suspensão das aulas por enquanto e que os diretores das unidades deverão começar a comprar a partir de segunda-feira (16), com cartão funcional, álcool em gel para disponibilizar aos alunos.
G1 SC