O acusado de matar uma família em Alfredo Wagner, na Grande Florianópolis, em agosto do ano passado vai a júri popular em 26 de março, divulgou o Poder Judiciário nesta sexta-feira (14). A data foi marcada após julgamento de recurso no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).
O advogado Diego Rossei, que faz a defesa do réu, afirmou que espera pela absolvição do cliente. “Avaliando o processo, basta dar uma simples pincelada que se verifica que não há elementos razoáveis para dizer que foi Arno Cabral o autor do crime”, disse ele.
Os corpos da família foram encontrados em 9 de agosto de 2019. O pai, Carlos Tuneu, de 67 anos, que era argentino, foi achado morto ao lado do próprio carro a um quilômetro da entrada da residência da família. A mãe, Loraci Matthes, de 50 anos, e o filho, Mateo Tuneu, de 8 anos, foram encontrados mortos dentro da casa, em uma propriedade rural. A mulher era brasileira e o menino, argentino.
O réu, Arno Cabral Filho, foi denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Ele está preso desde 9 de agosto no Presídio Regional de Lages, na Serra catarinense. Segundo a denúncia, ele matou a família com uma barra de ferro por causa de uma dívida financeira.
Denúncia
De acordo com o MPSC, primeira vítima foi a mulher, golpeada na cabeça dentro de casa. Em seguida, o filho do casal foi morto da mesma forma. Minutos depois, o réu assassinou o pai.
O triplo homicídio é qualificado por motivo fútil, por causa da dívida; com recurso que dificultou a defesa das vítimas e meio cruel, já que todos foram mortos com golpes na cabeça com a barra de ferro. Além disso, dois assassinatos foram feitos para acobertar o primeiro.
A denúncia foi recebida na Justiça em 15 de agosto. A Vara Única de Bom Retiro, na Serra catarinense, decidiu em 22 de outubro que o réu seria julgado em júri popular.
Investigação
Os policiais civis que investigaram o caso voltaram ao sítio da família um dia depois dos homicídios e encontraram documentos relacionados à dívida do suspeito com a família. A polícia diz que Arno Cabral Filho tinha comprado gado de Carlos Tuneu e estaria sendo cobrado.
O acusado chegou a registrar um boletim de ocorrência contra Carlos. Um dia antes do crime, Arno teria assinado papéis se comprometendo a pagar parte da dívida no dia seguinte.
Fonte: G1/SC
